segunda-feira, 23 de junho de 2014

a arte de ser uma pessoa

Imagem: Poesia de Mentira
Musica para Hemodiálise

Corria mão sobre o peito
A pele era pura e limpa
A carne era imunda
A voz era doce
O hálito amargo
As palavras eram bonitas
O que dizia era mentira
Na face serena, os olhos enganam
A casca de anjo guardava o desejado diabo

Os pensamentos não cabem em uma caixa, não esconde, não guarda, não descarta
Pensa e transpira porque escapa.

O diabo transforma quem o deseja em pecado
A doença de ser fato consumado.


domingo, 15 de junho de 2014

Ai meu Deus!

E não me questione com sarcasmo o motivo de dizer se não compartilho da sua crença.
Não preciso acreditar em Deus para ter certeza que ele existe. Porque minha crença não faz diferença na influencia que ele faz na minha vida.
Quando no conflito que se cria entre quem crê e quem não crê, muitos argumentos sempre serão repetidos incansavelmente. Como justificar a existência das coisas com o poder de algum outro ser já existente. Alguém diz "você não vê o ar mas sabe que ele existe. Acredita nele." Assim está provado!
E acredite ou não está mesmo!
Deus é como ar sim. Não se pode ver, mas ele tem tanta influência e poder sobre os acontecimentos que ele existe e passa a ser tão concreto que é quase físico.
A vida da essa resposta zombando da nossa cara. Algumas pessoas tem a sua fé como escudo e arma de sua vingança e acreditando que sua crença o faz merecedor de um escudo sobre o mal na vida. E logo depois de discursar palavras úmidas de cuspe sobre a justiça divina e proteção, Deus te faz chorar com a sua vontade. Não há como se fazer mais presente. Influência direta como consciência.

domingo, 8 de junho de 2014

"Por que tão bela, se coxa? Por que coxa, se bela?"

Uma mordida na coxa, hematoma e consequência. Aperta para lembrar os dentes que marcaram.
Martiriza comer em um prato desejando o gosto de outra comida. A sombra ficou e o corpo se foi, a voz não existe, nada existe exceto a vontade de sofrer as suas consequências na pele.
 
Compaixão é tortura, é de arder os olhos e tirar o sono santo. Desejo é ímpeto. Vontade instiga e move a vida de quem tem medo de sofrer. Sofrer as coisas do filho inconsequente que mora no coração dos sonhadores. É preciso coragem para se libertar da escravidão de nossas paixões, pois viver sem elas não te trará o alento, mas a tortura eterna dos desejos idealizados no "para sempre", da vida segura do racional.
 
Todo cérebro precisa de um coração para sangrar. Tão doce o trunfo da dependência e responsabilidade delegada, até o momento que o açúcar desce todo pela garganta, e a língua amarga a falta do que passou por ali.
 
É justo sofrer por aquilo que não existe?
Quem disse?
Existe?
Não é preciso ser forte para fazer o que quer a todo custo, mas é quando se assume o dever a custo do que se quer.
É certo ser responsável pagando tantos juros?

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Saudade da época que conseguia somente ironia...

Medo de dizer talvez seja o medo de ser vulnerável mais uma vez.
As "paixonites" não dependem dessa coisa romântica, por sorte. O que acaba fazendo com que as pessoas passem pela vida da maneira mais prática. Algumas até nunca poderei gostar da forma que são. Incompatibilidade. Mas eu aprecio pessoas, incluindo as incompatíveis.
Ser romântico é difícil, chato, desgastante e as vezes acontece, tipo gripe menos frequente.
Natureza sexual presa num saco de batatas flutua nessa de apreciar muito e amar por acidente.Ter essas coisas juntas não parece uma catástrofe? É, deve ser... Veio como foi, e deixou essa sombra.
Outro dia andando na rua de com a mãos dadas para guiar-me como de costume, tive a sensação feliz que passa quando lembramos do pensamento relativamente distante, no passado, de que naquele momento jamais imaginariamos determinados elementos do momento da forma como ficaram no presente.
Foi assim no caso da sincronia das coisas ditas anteriormente. O que para dizer a verdade não pode se repetir nem desfrutando das mesmas condições.
Embora acredite que isso só faça sentido em minha cabeça, não poderia também descrever melhor, porque sim!
Justificar sempre vai ser pior do que o romance (um pelo outro, o ápice ensaísmo de viver), pra que tornar a conversa sempre mais longa que a importância? Medo de dizer.